8.10.05

Normalmente lavo as mãos antes e depois de escrever mesmo que sejam coisas porcas # 1

a selecção nacional de poetas seniores continua a empatar
e a de esperanças a não apresentar soluções no ataque.
Hélice Fronteira
Conforme informação publicada numa das badanas de Soluções do Problema Anterior (& etc, Abril de 1996), Nuno Moura nasceu em Lisboa no ano de 1970. Na mesma nota biográfica informa-nos Vítor Silva Tavares, impagável editor das Edições Culturais do Subterrâneo, mais propriamente da “editora dos livros quadrados”, que o poeta foi «instrutor de natação, pai de filho a págs. 78, sócio do Meninos bar do Bairro Alto, tarefeiro num clube de vídeo, copygaitas de felicidades». Além do volume supracitado, tem Nuno Moura neste momento editados mais quatro livros. Estreou-se com Não saia nem entre após aviso de fecho de portas (Eurosigno Publicações, Lda., 1993), aos quais se seguiram Nova asmática portuguesa (Mariposa Azual, Agosto de 1998), Os Livros de Hélice Fronteira, Regina Neri, Vasquinho Dasse, Ivo Longomel, Adraar Bous, Robes Rosa, Estevão Corte e Alexandre Singleton (Mariposa Azual, Abril de 2000) e, por fim, Calendário das dificuldades diárias (& etc, Setembro de 2002). Poeta afoito, em certo sentido inconveniente, pouco dado a corporações e avesso a destacáveis, seria demasiado exigi-lo no panteão dos designados novos, novíssimos ou coisa que o valha poetas portugueses dados à estampa na década de todas as aparições: 1990. Por incredulidade, desconfiança ou pura miopia (inclinamo-nos mais para a última das hipóteses), apenas Manuel de Freitas se atreveu a inclui-lo na sua celebérrima recolha intitulada Poetas Sem Qualidades (Averno, Novembro de 2002). Ao lado de Ana Paula Inácio, Carlos Alberto Machado, Carlos Luís Bessa, João Miguel Queirós, José Miguel Silva, Rui Pires Cabral, Vindeirinho e um anónimo, lá aparece o nosso poeta, pertinentemente assim (des)classificado: «Na sua obra (extensa e desigual), parece às vezes dar-se o inesperado encontro entre uma espécie de rap e a “fadistagem” de quem se apraz em sublinhar o lado mais imediatamente insólito de certos tiques e acidentes urbanos». (Manuel de Freitas)

6 Comments:

At 7:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

gosto!...viva o freitas.

 
At 7:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para que este homem se devia tar aki eu.E só tenho ainda 16 aninhos axo eu,e só li o caveleiro da dinamarca.
Eu vi ao distante de mim uma rapariga de escoleto e meio com varicela e com cuspidelas de morcego ao mesmo tempo reparei numa sombra de alcatrão k passou de repente do nd a dizer morte o k será a morte será apenas um poço de ratos com lápis e mordidelas de porco como ninguém nos pode ver até á morte.passei muitos anos até chegar aqui e consigui finalmente reparei numa vala mt funda tinha bébés a chamar por mim mas afinal kando desçi era simpplesmente pedras com sorrisos no lábio e com dentes de feerro e uma carroça mágica a pedir perdão.

Atão quem será o melhor será esse pobre coitado?

 
At 7:53 da tarde, Anonymous Anónimo said...

esse MENINO-PRODIGIO e o meu irmao ;)

 
At 9:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ó coisinho tu tens piada!!!!
A.

 
At 3:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ha uns anos estava eu embrenhado no surrealismo dadaismo dei a conhecer ao meu irmao atraves de uns improvisos meus a tecnica da espontaneidade absoluta a qual depois de bastante relutancia(era eu de improvisos em riste atras dele incansavelmente e ele a refilar foda se que e chato que e que essa merda me interessa!!!)foi recebida com relativo(ja que ele e tao grande aprecidor de literatura como eu sou de cricket)entusiasmo.pedi lhe que seguisse o meu exemplo(explicando lhe que tinha de escrever coisas fora do normal que nao se preocupasse em fazer sentido tudo de seguida sem pensar etc),o que ele fez extasiando-me(embora os primeiros ainda fossem demasiado parecidos com os meus,observacao que ele achou ultrajante tratando logo com eficacia de se demarcar).de vez em quando la lhe peco mais um vislumbre da sua genialidade que raramente concede.ja lhe disse que ele talvez ate tenha talento que talvez devesse tentar mais a serio mas ele nao tem paciencia para tais reflexoes(revelou me que mesmo se escrevesse um livro ninguem iria ligar...falou -me tambem de um projecto que tem para fazer um livro de poesia apenas com os numeros das paginas...)e mesmo nestes improvisos nao esta pra ir para alem de um par de minutos.o camoes tambem e o preferido dele.e qual jose saramago foi impedido de concorrer a um premio da escola pla sousa lara professora de frances dada "a maluqueira pegada" embora a de matematica e a de ciencias tenham rejubilado bem como os colegas dele.hoje a sua genialidade faz com que afirme com veemencia que ja fazia destes improvisos muito antes de mim...the anxiety of influence...the anxiety of influence...

 
At 11:18 da manhã, Anonymous Anónimo said...

devo dizer que me parti a rir com a historia, o coisinho...
Rui Costa

 

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